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Festival Italiano de Nova Veneza (GO) nos dia 5 a 8 de Junho movimentará a economia da cidade, começando pelo campo

A cada três moradores, um trabalha diretamente na festa, seja em estandes, segurança, alimentação, transporte ou recepção de turistas. Meses antes da festa, produtores rurais já preparam os insumos

26/05/2025 às 19h15 Atualizada em 26/05/2025 às 20h43
Por: Bruno de Castro Fonte: Assessoria imprensa
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Entrada da Cidade Nova Veneza
Entrada da Cidade Nova Veneza

O tradicional Festival Italiano de Nova Veneza chega à edição de 2025 com a expectativa de atrair 132 mil visitantes durante os quatro dias de evento, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Para uma cidade com pouco mais de 10 mil habitantes, o número impressiona e transforma completamente a rotina local. 

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E para receber tantos visitantes, os  moradores se envolvem com a organização. A cada três moradores, um trabalha diretamente na festa, seja em estandes, segurança, alimentação, transporte ou recepção de turistas, calcula a prefeitura. 


“A movimentação econômica é  como um 14º salário para quem dele participa. O festival movimenta todas as áreas: rural, urbana, comércio, serviços… É um ganho coletivo”, afirma o prefeito Valdemar Batista Costa. Ao todo serão 90 estandes e três restaurantes atendendo ao público.


A própria Cantina da Nonna, restaurante oficial do evento, é um exemplo. A coordenadora do festival, Maria do Carmo Basílio, conta que a cantina estima servir  15 mil pratos, o que demanda uma grande quantidade de insumos, movimentando toda a cadeia de alimentos nas imediações. Serão 100 cozinheiras e outras 250 contratadas para funções de apoio, como atendimento, limpeza, entre outras.


“Para se ter ideia do volume de insumos para preparar esta quantidade de pratos, a Cantina da Nonna precisou de  25 vacas e 2,5 mil quilos de filé de frango. Para as massas, serão necessárias mais de três toneladas de macarrão”, conta. “Fora isso, teremos cerca de 90 expositores e outras duas cozinhas servindo ao público”, diz Basílio. 

Foto

Festival Italiano em Nova Veneza terá novidades em 2025 (Foto: divulgação)

 

Da produção local à mesa do festival


Muito antes de começar a festa, a movimentação econômica acontece, começando pela zona rural. Roberto Pereira de Siqueira fornece manjericão para a Cantina da Nonna e já se organiza meses antes. “A gente se antecipa, porque são mais de mil pés de manjericão. O preparo leva cerca de 45 a 50 dias. É um orgulho para nós, da roça, fazer parte disso tudo”, afirma. “É uma festa que beneficia não só os produtores, mas toda a cidade.”


O produtor rural Rodrigo Leles do Nascimento, ao lado do irmão Emanoel José Leles, produz tomate na região da cidade de Santa Bárbara e é um dos fornecedores. Para ele, participar do festival, mesmo que de forma indireta, é gratificante. “Queremos contribuir para que o festival possa ser referência em gastronomia italiana”, diz ele, que vai entregar à Cantina da Nonna cerca de 60 kg de tomate cereja. “O lote foi plantado no mês de abril em estufas e será colhido na semana do evento”, explica.


Luan Aurélio Amaral de Melo, da Vitória Carnes, fornece carne bovina para a cantina e confirma o aquecimento em seu negócio. “A demanda aumenta entre 20% e 30%. A gente entrega o gado de 20 a 30 dias antes. Mesmo sem precisar contratar pessoal extra, o ritmo muda totalmente.”


Já Danilo Miranda Loures, da Casa de Carnes Dois Irmãos, especializada em carne suína e bacon, sente o impacto principalmente no atendimento a pessoas físicas. “O festival eleva as vendas em até 30%. A estrutura da empresa aguenta, mas neste ano estou tendo dificuldade para encontrar mão de obra extra”, relata.


Hotel lotado e planos de expansão


Em outras áreas da cidade, o aquecimento também chega, sendo um deles na hotelaria. Enéas Amaral e Silva, proprietário do Hotel Amaral — o único hotel da cidade —, conta que o período do festival é a época mais movimentada do ano. Com duas unidades que somam 80 apartamentos, o empresário conta que, mesmo com a ampliação feita em 2019, a demanda segue superando a oferta. 


“Todos os anos a gente lota. Em abril,  já tínhamos mais de 50% de ocupação e uma lista de espera. Muita gente prefere dormir na cidade depois da festa, principalmente por causa da bebida e do conforto”, diz Enéas, que planeja abrir uma terceira unidade.


Segundo ele, a localização estratégica e a segurança são grandes atrativos. “Nova Veneza é 100% segura. No festival do ano passado, por exemplo, não houve nenhuma ocorrência policial. E isso atrai turistas que querem se divertir e relaxar com tranquilidade”, destaca. Nascido e criado na cidade, filho de italianos, ele também comanda um restaurante junto à primeira unidade do hotel, que mantém um estilo rústico, enquanto a segunda é mais moderna.


Para 2025, o festival promete inovação no cardápio e nos serviços, com a introdução do cardápio digital, que vai facilitar os pedidos. A estrutura foi toda pensada para garantir uma melhor experiência ao visitante. “Investimos em novos banheiros e em estacionamento gratuito. Preparamos tudo com carinho e atenção, para que quem vier a Nova Veneza se sentir acolhido e viver uma boa experiência. É uma festa que, muito além de movimentar a economia,  emociona e mexe com todos nós, moradores”, conclui o prefeito Valdemar Costa.

 

 

 

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